terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Flor e cronópio

Sequência: Diane Golay
Um cronópio encontra uma flor solitária no meio dos campos. Primeiro pensa em arrancá-la, mas percebe que é uma crueldade inútil, e se coloca de joelhos junto dela e brinca alegremente com a flor, isto é: acaricia-lhe as pétalas, sopra para que ela dance, zumbe feito uma abelha, cheira seu perfume, e deita finalmente debaixo da flor envolvido em uma enorme paz.

A flor pensa: "É como uma flor."

Julio Cortázar, in: Histórias de Cronópios e de Famas. Tradução de Gloria Rodríguez. Ed. Civilização Brasileira

2 comentários:

  1. belo.
    guardo com muito afeto o conto "casa tomada", de cortázar. deixo o link para quem quiser descobri-lo:

    http://www.releituras.com/jcortazar_casa.asp

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  2. Muito bonito, Jeni...


    Senti falta do branco.


    Beijinho, flor!

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