domingo, 13 de novembro de 2011

Agosto - III

uma janela entreaberta,

o olhar.

vejo-te.

quero dizer-te que.


teus dedos longos,

pontas da cortina —


vez em quando o vento

se desculpa,


se ajoelha diante

do rosto,

dos cabelos.


tocas a vidraça da minha boca.

Marceli Andresa Becker, in: Do Meu Caderno de Experimentações

4 comentários:

  1. Morena, suas seleções sempre me impressionam.

    Estou tentando voltar a blogsfera.

    Beijos e saudades;

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  2. "Eu sou o vento que passa
    por tua vidraça com dor." Também escrevo poesias.

    Se puderes passa no meu e segue, vai ser muito bem-vinda!
    http://leilakruger.com.br

    Tô lançando um romance dia 25/11 em Porto Alegre, já está à venda. Hot site do livro: http://www.leilakruger.com.br

    SINOPSE:
    "Está bem no fundo. Não se pode alcançar... aos poucos, vai roubando o ar.” Ana Luiza vai perdendo seu fôlego: o fim de (mais) um grande amor, um pai distante, uma mãe fútil, uma amizade complexa e "pessoas que sempre vão embora". Com suas músicas de rock, seus livros e seus cigarros, Ana Luiza vê sua vida desmoronar.

    "O amor é uma ferida”, ela sentencia. Mas a “garota de olhar longínquo” tem um encontro inesperado com um alguém aparentemente muito diferente dela: os “olhos imensos”, que tudo veem... Presa em seu próprio mundo e rendida ao álcool e às drogas, Ana Luiza tenta fugir. Principalmente do temido amor, que tanto a feriu...

    Como encontrar, ou reencontrar o próprio destino?

    Até onde o amor pode ir, até quando pode esperar? O que há além das baladas de rock e dos poemas românticos? Poderá o amor salvar alguém de sua própria escuridão?

    Às vezes, é necessário perder quase tudo para reencontrar... e finalmente poder amar.

    Bjo!

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  3. Os agostos da Jenifer... :'

    Os meus, sempre essa coisa-chuva-choro? Chuva-canto.

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