Lilya Corneli
não perguntes por que toco o teu rosto
só com a ponta dos dedos.
deixa-me redesenhar as linhas da expressão
que perdeste
quando o sol descarrilhou de ti.
não perguntes por que falo baixo, como se
um ninho
— esta boca em que ainda canta um sem fim
de enxadas e hélices —
respirasse no interior do candeeiro.
és tão próximo, tão nu,
que só sei te amar ao modo de quem limpa
um corpo
a ser velado.
Marceli Andresa Becker, in: Do Meu Caderno de Experimentações
só com a ponta dos dedos.
deixa-me redesenhar as linhas da expressão
que perdeste
quando o sol descarrilhou de ti.
não perguntes por que falo baixo, como se
um ninho
— esta boca em que ainda canta um sem fim
de enxadas e hélices —
respirasse no interior do candeeiro.
és tão próximo, tão nu,
que só sei te amar ao modo de quem limpa
um corpo
a ser velado.
Marceli Andresa Becker, in: Do Meu Caderno de Experimentações
nossa, esse poema realmente mexeu comigo. de uma beleza além das palavras.
ResponderExcluirgrande abraço :)
Um ritual de amor...Belo.
ResponderExcluirFeli, gracias por mais esta. Acompanho-te, às vezes em silêncio, outras com voz.
ResponderExcluirBeijo,
Marceli