O poema abre suas câmaras de sombra:
é o tempo secreto.
Vai brotar agora mesmo a palavra exata,
a chave da minha ideia,
a moldura de minha alma desencontrada.
Não sei a forma das palavras
nem o ritmo dos sons, mas o que tenho a dizer
quer nascer de mim e se retorce.
Sento-me diante do silêncio
como junto de meus mais belos sonhos:
meus pés, minhas mãos, os meus cabelos
estão enredados nessa teia.
Quero sair, repousar e esquecer.
Mas o poema insiste
com a estranha sedução da minha infância.
Lya Luft, in: Secreta Mirada. Ed. Mandarim
é o tempo secreto.
Vai brotar agora mesmo a palavra exata,
a chave da minha ideia,
a moldura de minha alma desencontrada.
Não sei a forma das palavras
nem o ritmo dos sons, mas o que tenho a dizer
quer nascer de mim e se retorce.
Sento-me diante do silêncio
como junto de meus mais belos sonhos:
meus pés, minhas mãos, os meus cabelos
estão enredados nessa teia.
Quero sair, repousar e esquecer.
Mas o poema insiste
com a estranha sedução da minha infância.
Lya Luft, in: Secreta Mirada. Ed. Mandarim
Belo poema :]
ResponderExcluirE assim as palavras nascem para seguirem com vida própria.
ResponderExcluirBeijos pra Ti