terça-feira, 13 de julho de 2010

A esfinge

Clarice Lispector
Quando morreu, em 1977, Clarice Lispector era uma das figuras místicas do Brasil, a Esfinge do Rio de Janeiro, uma mulher que fascinava os brasileiros praticamente desde a adolescência. "Ao vê-la, levei um choque", disse o poeta Ferreira Gullar, relembrando o primeiro encontro entre os dois. "Seus olhos amendoados e verdes, as maçãs do rosto salientes, ela parecia uma loba - uma loba fascinante. [...] Imaginei que, se voltasse a vê-la, iria me apaixonar por ela." "Há homens que nem em dez anos me esqueceram", admitiu Clarice. "Há o poeta americano que ameaçou suicidar-se porque eu não correspondia..." O tradutor Gregory Rabassa recordava ter ficado "pasmo ao encontrar aquela pessoa rara, que era parecida com Marlene Dietrich e escrevia como Virginia Woolf".

Clarice Lispector, in: Clarice, de Benjamin Moser. Ed. Cosac Naify

7 comentários:

  1. Eu tomo cuidado por não me apaixonar pelas fotos. Imagino se a visse ao menos uma única vez...

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  2. esfinge,
    taí uma palavra que
    combina com clarice.

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  3. Uma vez, Elis regina disse:
    Eu sou a esfinge, e dai?
    E Elis, Lispector tem tudo a ver com a palavra.

    Muitoooooooooooooooo lindo!!

    Te abraço minha linda!
    Incrivel como gosto de passar aqui!!!!

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