PASSO AGORA A FAZER DE VEZ o que sempre fiz: construir meticulosamente os silêncios, cada um com gramatura, espessura, cheiro, líquen e arame próprios; cada um com sua chuva, sua curvatura, sua nódoa, sua opacidade, sua especularidade, sua ranhura e modo de dar notícias do copo de inferno que nos entranha.
Passo agora a ser o que sempre fui, corpo percorrendo o lento e próprio desaparecimento, sem fingir que esses meus silêncios forjados não portam rastros do osso duro fóssil semovente movendo os restos do sol.
Wesley Peres, in: As Pequenas Mortes. Ed. Rocco
Cada um é do jeito que é. Um abraço, Yayá.
ResponderExcluirVocê achou um dos momentos mais Casa entre Vértebras dAs Pequenas Mortes, não é? bjs
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