terça-feira, 1 de maio de 2012

Seven Invisible Men
Andei comendo silêncio
Desde o dia em que nasci.

Ele se tornou um grudento
Novelo feito com teia de aranha
Preso na garganta:

Isso o que você vê
Envolvendo as palavras
Que saem de minha boca
Não são flores negras
Nem a contraluz de astros negativos.

Era pra ser um poema —

E nunca ficará pronto.

Daniel Faria

4 comentários:

  1. Lembrei de frase de Jaya: 'talvez o meu lado de dentro seja um relicário'

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  2. Bom dia!
    Muito profundo este poema.Na verdade os poemas às vezes nunca ficam prontos mesmos.É por isso que cada vez escrevemos mais.
    Grande abraço
    se cuida

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  3. Puxa que legal. agora vi que meu poema está aqui! gostei muito do blog também. belo espaço pra poesia.

    grande abraço.

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