terça-feira, 6 de março de 2012

a-m-o-r

[...] O amor, se existe, não é uma entidade. O amor é um milhão de pequenas coisas. Não é possível ter uma ideia genérica do que seja o amor ou procurar dicionalizá-lo. O amor é uma flor murcha, um marcador amarelo de textos, um disquete de computador, uma chave de fenda, um quadro de avisos onde se espeta um bilhete, um peso de papel azul que reproduz o globo terrestre, uma cama desfeita ao meio-dia e um copo d'água pela metade, folhas secas que o vento varreu para dentro de casa, um vulto sombrio nos olhos por causa de uma discussão com alguém, a pequena escultura mexicana de um pássaro, guardanapos de papel sobre a mesa-de-cabeceira, alguém que martela um prego em outro apartamento, uma lista telefônica aberta, mais nada.

Adriana Lisboa, in: Um beijo de Colombina. Ed. Rocco

6 comentários:

  1. Ah, essas incontáveis pequenas coisas que sem nomes, sem ritos, sem manuais, nos chama, nos envolve, nos desconserta!

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  2. Bom dia!
    O amor é tanta coisa que já perdi a conta.
    Mas o amor além de tudo é vida.
    Grande abraço
    se cuida

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  3. queridona,qto tempo! desculpe a ausência, é que os dias têm sido corridos...

    simplersmente um encanto retornar ao teu espaço.

    abração.

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  4. O amor é sem palavras. Incrivel.

    Fazia tempo que não entrava no meu blog, e não deixei de ver o seu, é muito linda as postagens e impossivel de ler apenas uma. Parabéns pelo blog, passe lá no meu e deixe sua marca também. Beijos!

    http://anestesiandoamente.blogspot.com/

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  5. O amor nas pequenas coisas (mas não menos importantes) ;)
    Beijos!

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  6. Olá, como vai? Te indiquei em uma brincadeira lá no blog, espero que goste :)

    Beijos linda, até!

    http://anestesiandoamente.blogspot.com/2012/03/brinquei.html

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