quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

O silêncio é o mais cortante dos instrumentos cortantes,

Ingmar Bergman
Parece martelar a gente contra o chão. Leva-nos cada vez mais fundo de nossa própria culpa. Faz com que as vozes internas, na cabeça, nos acusem com mais perversidade do que qualquer voz externa o conseguiria.
Revejo na recordação todo o episódio, como se fosse um filme em preto e branco, de fotografia muito viva. Dirigido por Bergman, talvez. Fazíamos o papel de nós mesmos, na versão cinematográfica. Se ao menos pudéssemos escapar a isso de estarmos sempre fazendo o papel de nós mesmos!

Erica Jong, in: Medo de Voar. Ed. Nova Cultural

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