[...] A gente tem tantas memórias. Eu fico pensando se o mais difícil no tempo que passa não será exatamente isso. O acúmulo de memórias, a montanha de lembranças que você vai juntando por dentro. De repente o presente, qualquer coisa presente. Uma rua, por exemplo. Há pouco, quando você passou perto de Pinheiros eu olhei e pensei, eu já morei ali com o Beto. E a rua não é mais a mesma, demoliram o edifício. As ruas vão mudando, os edifícios vão sendo destruídos. Mas continuam inteiros dentro de você.
Caio Fernando Abreu, in: Triângulo das Águas. Ed. Agir
Elas pesam, Caio...
ResponderExcluirOlá. Lindo esse fragmento. Gostei.
ResponderExcluirUltimamente venho vivendo de memórias e isso não tem me feito nenhum bem.
Tenha uma boa tarde.
Eu seu Lar
viajei,
ResponderExcluirnostalgica lembrança de viagens e prédios antigos, muita cor e o cinza da noite...