Delilah Woolf
apática e desinteressada,
como se pretendesse descer na próxima parada.
Abafou os sons que costumava ouvir,
com medo de sentir saudade.
Baixou os toldos sobre a claridade,
para que o brilho do dia
não arranhasse a solidão.
Preferia permanecer quieta e sombria.
Guardou o açúcar como se quisesse
impedir o doce
de mesclar o fel que, porventura, houvesse.
Sensações e sentimentos devidamente amordaçados,
rabiscou no papel seu breve recado:
"Saí para almoço.
Pretendo voltar, não sei se posso.
Seja, por favor, condescendente.
Quando o amor não está,
é costume da vida suspender o expediente."
Flora Figueiredo, in: Amor a Céu Aberto. Ed. Novo Século
como se pretendesse descer na próxima parada.
Abafou os sons que costumava ouvir,
com medo de sentir saudade.
Baixou os toldos sobre a claridade,
para que o brilho do dia
não arranhasse a solidão.
Preferia permanecer quieta e sombria.
Guardou o açúcar como se quisesse
impedir o doce
de mesclar o fel que, porventura, houvesse.
Sensações e sentimentos devidamente amordaçados,
rabiscou no papel seu breve recado:
"Saí para almoço.
Pretendo voltar, não sei se posso.
Seja, por favor, condescendente.
Quando o amor não está,
é costume da vida suspender o expediente."
Flora Figueiredo, in: Amor a Céu Aberto. Ed. Novo Século
Volta, por favor.
ResponderExcluirJenifer,
ResponderExcluirLindo demais esse verso!!Adoro...suas escolhas sempre muito, muito especiais!!
Saudades!
Um beijo e boa semana!
Reggina Moon