domingo, 12 de junho de 2011

Memória (ou o parente mais próximo)

Mas as coisas findas
muito mais que lindas,
essas ficarão.

O importante é o trajeto: as cores, os corações e as memórias. As memórias ignoram o sinal aberto, o trânsito e a chuva; cruzam a cidade para dormir ao meu lado, enquanto você é “feliz Natal” do outro lado da linha. Dentro do meu apartamento, as memórias tomam corpo: são as pernas que se confundem com as minhas, as mãos que agarram os meus cabelos e a boca que redime o meu passado. Mas,

pela manhã,

tudo vira bilhete sobre a mesa de cabeceira: não

existe

final

feliz.

Daniela Lima

5 comentários:

  1. Gostei de visitar o seu blog. Um abraço, Yayá.

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  2. A realidade nos acorda: the end.

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  3. Esses passarinhos no canto deixa o teu blog ainda mais suave! *-*

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  4. Que essa realidade seja doce...

    Beijos **

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  5. Interessante...Tudo aqui é muito interessante.

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