começo a ficar sentencioso. Trinta anos; mas em verdade, não os parecia. Lembra-se bem que era magra e alta; tinha os olhos como eu então dizia, que pareciam cortados da capa da última noite, mas apesar de noturnos, sem mistérios nem abismos. A voz era brandíssima, um tanto apaulistada, a boca larga, e os dentes, quando ela simplesmente falava, davam-lhe à boca um ar de riso. Ria também, e foram os risos dela, de parceria com os olhos, que me doeram muito durante certo tempo.
Machado de Assis, in: do conto A Desejada das Gentes
a beleza dói, a perfeição também dói,
ResponderExcluireu que o diga uma meia duzia de vezes nesta vida.
Mas moça, que delícia!
vou correndo procurar esse texto na íntegra.
obrigada!
Beijo
Tudo bem, é verdade que nem tudo passa, e é curioso que o ato de criar laços possa arrebentar o corpo e a alma da gente.
ResponderExcluirlindo post.
bjon
Machado é o meu escritor brasileiro preferido.
ResponderExcluiradorei ler esse fragmento...
abraço !
Seu blog é uma colagem do que há de melhor na literatura brasileira. Parabéns pela sofisticada e irrepreensível seleção. No mais gos taria de convidá-lo a visitar os blogs
ResponderExcluirhttp://emaranhadorufiniano.blogspot.com
http://gambiarraprofana.blogspot.com
http://po-de-poesia.blogspot.com
http://fcpataxo.blogspot.com
Seus cometários serão muito bem vindos.
Saudações.
Já lhe sigo
ResponderExcluirNão aguentava mais o antigo layout(leitor assíduo fala o qu quer).. agora posso ler sem aquelas flores tapando e tirando minha concentração haha..
ResponderExcluirbeijos
machado de assis e esse esplendor das verdades dos dias.
ResponderExcluirpassar por aqui é sempre uma inspiração, acredite.
grande abraço.