terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Ontem

Até hoje perplexo
ante o que murchou
e não eram pétalas.

De como este banco
não reteve forma,
cor ou lembrança.

Nem esta árvore
balança o galho
que balançava.

Tudo foi breve
e definitivo.
Eis está gravado

não no ar, em mim,
que por minha vez
escrevo, dissipo.

Carlos Drummond de Andrade, in: A Rosa do Povo. Ed. Record

6 comentários:

  1. Soltamos no ar as letras que presas sufocariam a alma do poeta em flor.

    Beijos e Boas Festas pra Ti

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  2. Respondendo à pergunta que me fizeste faz uns dias no blog e só agora vi(lhe desculpas por isso!)...
    Estou bem e você,como vai,flor?

    Beijos

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  3. Olá moça!

    Aqui continua tão encantado a me perder...cigarros e cafés. Justa companhia para me perder por aqui!
    Um beijo!

    Me visite em moda-mell.blogspot.com
    Bjo

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  4. O ontem guaracava coisas, que o hoje já não nos traz mais...
    Ó pessoinha especial que teus festejos de fim de ano, sejam repletos de ótimas coisas e todas essas coisas boas estajam ao alcance de tuas mãos...

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  5. C.D.A. é fascinante.
    Bela escolha
    Beijos

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