terça-feira, 12 de outubro de 2010

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Vazia. Vazia de palavras. Uma imensidão vazia de palavras. Silêncio de palavras. Não, silêncio não. Silêncio não era feito de palavras, não continha palavras, não reconhecia palavras. Era vazia de tudo. Menos do pensamento de estar vazia.

Mas não só isso. Era mais. Era vazia do tamanho do mundo de palavras. Um mundo feito de palavras vazias de palavras. Seca de palavras. Seca.
E a solidão ruminando cheias.

Ana Peluso

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