quarta-feira, 11 de agosto de 2010


É no silêncio que eu vivo, aprenderei outra linguagem? Não há palavras ainda para inventar um mundo novo. Como estou cansado. Paro de cavar, olho a montanha. Os dois picos erguem-se ao longe, hieráticos, com a solenidade de um universo vazio. Foi a voz que aprendi, essa da grandeza e do silêncio, de um mundo primitivo.

Vergílio Ferreira, in: Alegria Breve. Ed. Verbo

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