Quando a palavra me pediu um pouco de sossego, nada mais me restou senão olhar. E eu não soube ver. Não soube ver a coisa muda em sua andança errante. Porque, sem nome, a forma perde a forma. E toda a terra se fazia morte. Era o apocalipse vindo a cavalo e o mundo inteiro em galope múltiplo; era uma melodia relinchando feia e todos nós em notas de piano mudo. Tudo oco. E eu, calada tonta em vertigem bêbada.
Sem poder cantar minha vontade humana.
Sem poder cantar minha vontade humana.
Fraca no que em mim é gente. Forte feito um animal. Suplicando que você me desse um soro. Pra me curar dessa doença-bicho...
Carla Jaia
Sem nome, a forma perde a forma.
ResponderExcluirO que é que resta, sem nome?
essa pessoa não só escreve lindamente como é encantadora pessoalmente.
ResponderExcluirAdoro Carlinha!!!
Beijos
palavra pedir sossego, que lindo e maravilhoso isso!
ResponderExcluirpuxa...
ResponderExcluir'...nada me restou senão olhar, e eu não soube ver...' tem palavras que entram na gente de uma forma quase letal. Tocam algo que não tem nome, as coisas que não sabemos ver???
Beijos darling
de uma sulina com o pé frio
literalmente
:***
Sem nome, a forma perde a forma.
ResponderExcluirE o que resta?
Há algo nas coisas além de nomes? O que resta sem as palavras que nomeiam?
Quem precisa dar o soro nunca percebe o quanto ele é vital ao doente.
ResponderExcluirQue lindoooo
ResponderExcluirJá acabei com essa doença-bicho!
ResponderExcluirrs
Jenniffer! Depois passa no meu blog. Tem um presente para você.
ResponderExcluirBeijos
Doença bicho... E que texto bicho hein?? Risos... Linda poesia e deveras forte e envolvente!
ResponderExcluirJá te sigo e bjkss