sexta-feira, 25 de junho de 2010

Achava belo, a essa época, ouvir um poeta dizer que escrevia pela mesma razão por que uma árvore dá frutos. Só bem mais tarde viera a descobrir ser um embuste aquela afetação: que o homem, por força, distinguia-se das árvores, e tinha de saber a razão de seus frutos, cabendo-lhe escolher os que haveria de dar, além de investigar a quem se destinavam, nem sempre oferecendo-o maduros, e sim podres, e até envenenados.

Osmar Lins, in: Guerra sem Testemunhas / Recorte do livro de Caio Fernando Abreu: Morangos Mofados. Ed. Companhia das Letras

7 comentários:

  1. É aquela velha frase: cada um dá o que tem - no momento.
    Mas penso às vezes que ninguém dá frutos - e sim intenção de sementes. Que têm a particularidade da dúvida e sem essa a gente não caminha, nem dando nem recebendo.
    Intenso o que postastes.

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  2. Só amamos porque somos seres falantes!
    Ou só falamos porque amamos?

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  3. Eu ja li esse trecho uns anos atrás, mas nao consigo lembrar de jeito nenhum onde foi... >.<
    Beijo, minha linda,... te escreverei essa semana, sem falta
    Te amo xD

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  4. hahaha!
    Desculpa, o e-mail é:
    noeemyr@hotmail.com

    Beijos =*

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  5. Oi menina!!!

    Ainda ressaqueada pela dor dos ossos, mas ainda sim maravilhada com suas postagens aqui.

    Muita vontade de bater outro papo...e mais café e cigarros, por favor!!!!

    Aindei lendo seu incrível Caio F e acabo considerando alguma semelhança com a Virgínia, mas com Clarice, p**** impossível!!!!

    Obrigado por atribuir em mim traços lispectorianos, senti-me imensamente feliz!!!

    Um enorme beijo!
    Um carinho sempre!!

    E mais mistério, que de é feita a essência de todos nós!
    Mell

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  6. Excelente trecho, como os vários outros.

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