terça-feira, 6 de abril de 2010

Pequenas mortes

De tudo o que me resta e que não seja
amor,
seja
o portão de partida
despedida,
de pequenas causas diárias.
Eu sangro momentos,
derreto venenos
e morro nos cotidianos fins.
Ainda prefiro
a mortalha
envolvendo
afazeres não entranhados.
Quero a devastação
irreversível
de qualquer pequena vida
vã.

Samantha Abreu

4 comentários:

  1. E que não seja amor! Bem lembrado!
    Bjo

    http://futilidadesqueamamos.blogspot.com

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  2. Me fez relembrar um livro de um autor espanhol que nao me recordo o nome...rsrs...

    Também não conhecia Samantha..rsrs!

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  3. Creio que toda devastação é irreversível.

    Lacan dizia que o homem era da ordem da devastação para a mulher.

    E nós, da ordem do sintoma para eles.

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