Vivian Maier
e minha alma caminha.
Tudo é ruína,
nada me dói,
não há angústia,
mas algo se instala e me olha do alto
na torre clara:
uma face de vento
desfeito de brisa.
Quero tão pouco e de nada sorvo
e olho submersa o mundo entorno
Mas, nesta casa de Água,
tudo se dissolve e nem o rastro sobra
na bruma da Água nebulosa.
Vivo com os corais que levo dentro.
Comigo o vento alto de maresias.
Sim, cabe o mundo no silêncio
sobresi dobrado de qualquer búzio.
Lívia Natália, in: Correntezas e outros estudos marinhos, Edição da autora
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