quarta-feira, 6 de novembro de 2013

"[...] um mundo que se mostra, entretanto, cada vez mais como um devaneio, um sonho, um pesadelo."

Kate Pulley
O tempo tem esse poder. O passado inexiste, bem como o futuro. E ficamos aqui, num agora sem fim enquanto dura a vida. Ficamos aqui fazendo projetos e remoendo cicatrizes do que já foi e não mais é. [...] O horizonte, de um azul que arranha, de um azul profundo sob este solo, continua além das sombras que se projetam sob os nossos pés. E a serra, além do horizonte está ainda além, pois ele sempre nos engana, descendo, descendo, e nunca tocando a terra.

Evaldo Balbino, do conto Dama-entre-verdes e espinhos, in: Amores oblíquos. Ed. 7 Letras

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