Brian Rea
esses dias de tédio
em que se tem tempo –
tempo só se arranja quando
não se tem
quando sobra desse jeito
a gente repete os assuntos
o ônibus chega rápido
e os trajetos ficam curtos
– de repente
readaptar-se à própria casa
como foi lá? bom
rever os gigantes, os mínimos
dedicar a eles igual dose
de carinho ou indiferença
usar as roupas que ficaram
meses dobradas no armário
com cheiro de sachê
nessas tardes sem compromisso
esticadas com rolo de macarrão
tudo é longo
nada dura
Alice Sant'Anna
em que se tem tempo –
tempo só se arranja quando
não se tem
quando sobra desse jeito
a gente repete os assuntos
o ônibus chega rápido
e os trajetos ficam curtos
– de repente
readaptar-se à própria casa
como foi lá? bom
rever os gigantes, os mínimos
dedicar a eles igual dose
de carinho ou indiferença
usar as roupas que ficaram
meses dobradas no armário
com cheiro de sachê
nessas tardes sem compromisso
esticadas com rolo de macarrão
tudo é longo
nada dura
Alice Sant'Anna
Putz, dá gosto vir ao seu blog. Tá muito bonito e cheio de textos e imagens interessantes. Parabéns. Abraço!
ResponderExcluirÉ do livro Rabo de Baleia? Está na minha lista de desejos!!! Já consegui O Jogo da Amarelinha, embora seja um tanto pesado de se ler, é lindo!!!
ResponderExcluirBeijo
que belíssimo! ambos: o poema e a ilustração.
ResponderExcluiro gosto de cotidiano encarnado nesses versos. dá uma esperança boa...