domingo, 26 de maio de 2013

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Elina Brotherus
[...] Você continua a falar, sozinho no mundo como você deseja. Você diz que o amor sempre lhe pareceu fora de lugar, que você jamais compreendeu, que você sempre se esquivou de amar, que você sempre se quis livre para não amar. Você diz que está perdido. Você diz que você não sabe onde, dentro de que você está perdido.

Ela não escuta, ela dorme.
Você conta a história de uma criança.
O dia alcançou as janelas.

Marguerite Duras, in: A doença da morte. Tradução de Vadim Nikitin. Ed. Cosac Naify.

2 comentários:

  1. tuas escolhas são gestos poéticos. parabéns pela acuidade. e que belo isso: "o dia alcançou janelas"!

    abraços.

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