No luxo do dia
irrompe abruptamente
o corpo de outro dia.
Não é uma vaga miragem,
nem um recordo impaciente,
nem uma premonição
que explode e se antecipa.
Outro dia ocupa este dia
porque às vezes o tempo
corrige a si mesmo.
Ou somente se substitui:
cede seu turno a outro
de seus múltiplos leitos.
O relevo do tempo
não se oculta na somba.
Roberto Juarroz, in: Decimotercera poesía vertical / Poesía vertical, 1983 - 1993. Tradução de Renato Rezende. In: Puentes. Poesía argentina y brasileña contemporánea. Ed. Fondo de
Cultura Económica. Antología bilingue
Lindo poema!
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