R de Rien
Foi Julho sim. E nunca mais esqueço.
O ouro em mim, a palavra
Irisada na minha boca
A urgência de me dizer em amor
Tatuada de memória e confidência.
Setembro em enorme silêncio
Distancia meu rosto. Te pergunto:
De Julho em mim ainda te lembras?
Disseram-me os amigos que Saturno
Se refaz este ano. E é tigre
E é verdugo. E que os amantes
Pensativos, glaciais
Ficarão surdos ao canto comovido.
E em sendo assim, amor;
De que me adianta a mim, te dizer mais?
O ouro em mim, a palavra
Irisada na minha boca
A urgência de me dizer em amor
Tatuada de memória e confidência.
Setembro em enorme silêncio
Distancia meu rosto. Te pergunto:
De Julho em mim ainda te lembras?
Disseram-me os amigos que Saturno
Se refaz este ano. E é tigre
E é verdugo. E que os amantes
Pensativos, glaciais
Ficarão surdos ao canto comovido.
E em sendo assim, amor;
De que me adianta a mim, te dizer mais?
(domingo, 2 de julho de 1995)
Hilda Hilst, in: Dez Chamamentos ao Amigos / Júbilo, memória, noviciado da paixão. Ed. Globo
Oiie, passando para visitar e lhe oferecer um selo de agradecimento e para convidar para conhecer a "mascote" do blog. :)
ResponderExcluirhttp://mundodeisia.blogspot.com.br/2012/07/mundo-de-isia-20.html
Abraçoss
Entre julho e setembro,
ResponderExcluirescrevo chuvas,
enquanto chove poesia.
Hilda sempre me atingindo, me fazendo amar mais ainda a sua poesia. Boa escolha!
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