domingo, 13 de maio de 2012

(IV)

Delilah Woolf
● ardem no tempo
as palavras não ditas
os silêncios perdidos

: labaredas e cinzas
consumindo veias
- lavas em remoinho
no mármore dos pulsos

[sou toda lenha
vereda, brasa, núcleo,
incandescente vastidão]

: queimo em sangue
- sangro em carvão ●

Lilly Falcão, in: 'ar.dor'

10 comentários:

  1. Lindo poema da Lilyzinha... Bjs bjs

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  2. poema que é uma metamorfose de fogo... as imagens se cruzam e se misturam, as palavras 'enlavecidas', sísmicas.
    gosto muito. :)

    beijo pras duas, lilly e jenifer!
    mar

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  3. Obrigada, Vasco. Fico feliz que tenha gostado!
    Bjs

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  4. Nydiazinha, tão contente de ser lida por ti! Um beijo!

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  5. Mar, gratíssima pela delicadeza da tua leitura. Sempre! Bjs

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  6. Grata, Alice. Fico contente que o poema tenha te levado pra passear... Beijos.

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  7. as vezes tenho vontade de que o Reino fosse um livro. e que eu o levasse na bolsa e o abrisse em todo o lugar que me desse vontade.

    a falta de tempo e a ansiedade me fizeram distantes... passei aqui, passando o olho e me deixando tocar.

    fui tocada. [eu sempre sei que isso acontece... mesmo quando venho tão corrida.

    um beijo!

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    1. Ah, Tereza... bordei tuas palavras numa nuvenzinha para fazer de travesseiro hoje! obrigada por tua delicadeza no olhar. Um comovido abraço!

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