Amanda Cass
Sempre teu rosto e o crepúsculo.
Em teus olhos a viagem das nuvens
É um estranho presságio
Que evito decifrar.
III
Caminhemos
Sem perguntas
Como os suicidas
Que jamais indagam
A profundidade do abismo.
Caminhemos
Sem perguntas
Como os suicidas
Que jamais indagam
A profundidade do abismo.
IV
Sob a chuva de verão,
Contra as colunas da lei,
Sobre o corpo do soldado,
Com o estandarte rasgado
De qualquer revolução.
Sob a chuva de verão,
Contra as colunas da lei,
Sobre o corpo do soldado,
Com o estandarte rasgado
De qualquer revolução.
V
Vivemos, Dora, na certeza
De sermos amanhã
O que ontem não fomos.
Vivemos, Dora, na certeza
De sermos amanhã
O que ontem não fomos.
José Paulo Paes, in: Cúmplices, 1951 / Poesia Completa. Ed. Companhia das Letras
Adoro as suas postagens, vc como, gosta da poesia que mostra o lado magico de simples fatos cotidianos.
ResponderExcluirCaminhemos... sempre!
ResponderExcluir=*