sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Meio-dia

Meio-dia. Um canto da praia sem ninguém.
O sol no alto, fundo, enorme, aberto,
Tornou o céu de todo o deus deserto.
A luz cai implacável como um castigo.
Não há fantasmas nem almas,
E o mar imenso solitário e antigo,
Parece bater palmas.

Sophia de Mello Breyner Andresen, in: Poesia I, 1944 / Poemas Escolhidos. Seleção Vilma Arêas. Ed. Companhia das Letras

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