A Liberdade é Azul
Himself has not a face."
Emily Dickinson
Emily Dickinson
O tempo é lento; são as horas
como um rio derramado
pela foz alheia do espaço,
de alguma seca convenção.
Tange os contornos da ausência,
quando o silêncio nos desata
sua epiderme, seu semblante
que nos percorre, arde e deixa
um rosto aceso - interminável.
Raul Macedo
como um rio derramado
pela foz alheia do espaço,
de alguma seca convenção.
Tange os contornos da ausência,
quando o silêncio nos desata
sua epiderme, seu semblante
que nos percorre, arde e deixa
um rosto aceso - interminável.
Raul Macedo
O espaço do abraço que a alma precisa.
ResponderExcluirBjos
"Deus pede estrita conta de meu tempo,
ResponderExcluirÉ forçoso do tempo já dar conta;
Mas, como dar sem tempo tanta conta,
Eu que gastei sem conta tanto tempo?
Para ter minha conta feita a tempo
Dado me foi bem tempo e não foi conta.
Não quis sobrando tempo fazer conta,
Quero hoje fazer conta e falta tempo.
Oh! vós que tendes tempo sem ter conta
Não gasteis esse tempo em passatempo:
Cuidai enquanto é tempo em fazer conta.
Mas, oh! se os que contam com seu tempo
Fizessem desse tempo alguma conta,
Não choravam como eu o não ter tempo".
(Laurindo Rabelo)
Comentei este poema no blogue do próprio autor (http://raul-macedo.blogspot.com), uma das vozes que realmente me toca na nova poesia brasileira contemporânea.
ResponderExcluirBom vê-lo aqui.
Bjo!
Mar
que bonito!
ResponderExcluire a referência ao filme de kieślowski (um de meus preferidos!) foi uma beleza de acordo com o final do poema.
um abraço, raul!