quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

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Norwegian Wood
[...] Sempre é possível perder o que não se tem, sempre é possível afastar-se mais ainda, a possibilidade ilimitada da falta. E eu intuía isso e muito mais, porque no fundo a gente sempre intui, apesar de que eu te diga que em meio ao movimento eu continuava ali deitada, não é verdade que eu continuava ali deitada mas havia a raiva extrema e o rancor e o desejo de que você fosse embora e, mesmo assim, o medo de que você fosse embora, que você enfim levantasse e fosse embora.

Carola Saavedra, in: Flores Azuis. Ed. Companhia das Letras

2 comentários:

  1. E agora que me deu vontade de ler Flores Azuis?
    *______*

    Beijo

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  2. Excelente postagem! Talvez seja prepotente da minha parte, mas há um pouco da influência da Carola nas minhas linhas! Grande ícone.

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