quinta-feira, 23 de junho de 2011

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Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças
Bateu a porta.
Olhando para a cama desfeita, não sabia se ele tinha mesmo existido; se nós tínhamos mesmo vivido alguma coisa juntos. Só sabia que no mesmo instante, naquele bairro quente, ele conhecia o esquecimento - ele se adaptava ao esquecimento.

Quanto tempo já passou sobre a nossa história? E quanto mais vai ter que passar até que nos esqueçamos; até que a lembrança vire dúvida; até que a dúvida vire esquecimento?

A paixão vem e a compreendemos. Se vai e não a compreendemos mais. Não somos capazes de lidar com as lembranças e então nos esforçamos para esquecer. E o tempo, este trator, vai nos aniquilar. E eu voltarei a ser eu. Assim, impunemente.

Só sei que neste instante me entristeço por você. E penso que tudo o que acaba pode começar novamente - de forma diferente ou da mesma forma. Só sei que neste instante você

ainda

me

faz

ter

vontade

de

amar.

Daniela Lima

7 comentários:

  1. Um poema do que se costuma dizer que é "paixonite aguda", um bom poema. Um abraço, Yayá.

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  2. Esse filme é maravilhoso!


    Beijos pra Ti

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  3. Nossa, a intensidade me fez imaginar cada linha e me perdi pelos cenários criados. Lembrou-me as dúvidas de um personagem meu. Foi como se estivesse ali conversando com ele.

    bacio

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  4. prosa poética num sumo concentrado... de Lisboa, envio-te um abraço ... e parabéns pelo texto!

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  5. Ah, mas quem é esta adorável Daniela Lima?
    escreve coisas tão tão bonitas (:

    Uma colher do Reino nesta manhã-cinza na roça,
    eu realmente precisava..

    Um beijo!

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  6. Esquecimento é um tema difícil, complicado como as mil maneiras de esquecer.
    Parabéns pelo blog.
    Um beijo

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  7. obrigado pela indicação da entrevista,


    beijo

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