sexta-feira, 22 de abril de 2011

Buquê de presságios

De tudo, talvez, permaneça
o que significa. O que
não interessa. De tudo,
quem sabe fique, fique aquilo
que passa. Um gerânio
de aflição. Um gosto
de obturação na boca.
Você de cabelo molhado
saindo do banho.
Uma piada. Um provérbio.
Um buquê de presságios.
Sons de gotas na torneira da pia.
Tranqueiras líricas na velha caixa de sapato.
De tudo, talvez, restem
bêbadas anotações
no guardanapo.
E aquela música linda
que nunca toca no rádio.

Marcelo Montenegro

12 comentários:

  1. manda este buquê pra mim?
    bjs Felicidade
    (sempre tão bom vir aqui...)

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  2. E a lembrança do que passou irriga nossos campos do hoje!

    Beijos pra Ti

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  3. Porque o TUDO é algo que também faz Falta.

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  4. as mais belas canções não tocam no rádio.

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  5. Há muito tempo acompanho por feed seu cantinho nesse lindo conjunto de letras tantas. Parabéns, dos versos tão variados que compõe aqui, nos possibilitando o passeio pelo universo literário que nos rodeia.
    Um beijo, feliz páscoa.

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  6. Obrigada pelo carinho em ir até o blog responder, te convido para uma visita no canto em que escrevo minhas linhas soltas, Raios , aquele o Tocou, está mais paradinho... rs. Chocalates são quase tão doces quanto os beijos, que os desfrute também! ;)

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  7. De tudo ficou o âmago e esse ñ consigo agarrar, só sentir. amei o texto!

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  8. Isso é muito real... cheira verdadeiramente á lembrança. Você e suas escolhas oportunas! Beijocas.

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