Que boca há de roer tempo? Que rosto
Há de chegar depois do meu?
Quantas vezes
O tule do meu sopro há de pousar
Sobre a brancura fremente do teu dorso?
Quantas vezes dirás: vida, vésper, magma-marinha
E quantas vezes direi: és meu. E as distendidas
Tardes, as largas luas, as madrugadas agônicas
Sem poder tocar-te. Quantas vezes amor
Uma nova vertente há de nascer em ti
E quantas vezes em mim há de morrer.
Hilda Hilst
sempre vendo coisas lindas por aqui \o/
ResponderExcluirSó morre poque sabe ressucitar.
ResponderExcluirE ressucita como ninguém.
Que texto belo! bjs
ResponderExcluirIsso foi um presente hoje...Grande abraço.
ResponderExcluirHilst, poeta que interroga respondendo...
ResponderExcluirMeu dorso se arrepia piamente...
Abraço mineiro,
Pedro Ramúcio.
hilda é boa demais, neam? de cortar.
ResponderExcluirbeijos