terça-feira, 12 de outubro de 2010

não há palavra que cante
imagem que explique
lágrima que traduza

viola que chore
filósofo que entenda

não há flor que aflore
droga que expanda

perfume que seduza
beijo que amorne

não há sono que repare
água que permeie
sôpro que perdure

meu sonho
seu medo

meu desejo
seu destino

meu amor
seu silêncio.

Zoe de Camaris

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