Gosto da gota d'água que se equilibra
na folha rasa, tremendo ao vento.
Todo o universo, no oceano do ar, secreto vibra:
e ela resiste, no isolamento.
Seu cristal simples reprime a forma, no instante incerto:
pronto a cair, pronto a ficar - límpido e exato.
E a folha é um pequeno deserto
para a imensidade do ato.
Cecília Meireles, in: Viagem / Antologia Poética. Ed. Nova Fronteira
na folha rasa, tremendo ao vento.
Todo o universo, no oceano do ar, secreto vibra:
e ela resiste, no isolamento.
Seu cristal simples reprime a forma, no instante incerto:
pronto a cair, pronto a ficar - límpido e exato.
E a folha é um pequeno deserto
para a imensidade do ato.
Cecília Meireles, in: Viagem / Antologia Poética. Ed. Nova Fronteira
Sabe o que acho mais lindo? É imaginar essa água na folha rasa, nessa delicadeza de sentimentos tão aflorados.
ResponderExcluirBeijo imenso, menina linda.
Rebeca
-
Simplesmente "a" poetisa.
ResponderExcluirLindíssimas palavras... entrei no texto... vi Clarice! Me vi gota d'água.
ResponderExcluirBeijooO
Não conhecia esse poema...
ResponderExcluir... maravilhoso!
Que belo "achado"
: obrigada por ele.
Um bjo!
Talita
História da minha alma
Tudo isso aqui é muito bonito. Quisera meus Rodopios (esferapoetica.blogspot.com) tivessem a mesma desenvoltura, semelhante carisma...
ResponderExcluirChico Muniz
Saudade de ler Cecília Meireles! ^^
ResponderExcluirBeijos, minha flor!
Tãaao lindo!
ResponderExcluir*.*
beiijo
Adoro... palavras sempre em elubição!
ResponderExcluirInspiração sempre!Bj!