
chegou a primeira vez na minha casa,
eu estava saindo do banheiro, devastada
de angelismo e carência. Mesmo assim,
ele me olhou com olhos admirados
e segurou minha mão mais que
um tempo normal a pessoas
acabando de se conhecer.
Nunca mencionou o fato.
Até hoje me ama com amor
de vagarezas, súbitos chegares.
Quando eu sei que ele vem,
eu fecho a porta para a grata supresa.
Vou abri-la como o fazem as noivas
e as amantes. Seu nome é:
Salvador do meu corpo.
Adélia Prado, in: Bagagem. Ed. Record
A surpresa nesse caso sempre é grata.
ResponderExcluiraté mais.
Jota Cê
Adélia, Adélia... que era a mulher de verdade.
ResponderExcluirNão é impressão não, você estava "linkada" no meu outro blog, cujo acesso perdi.
A prazo irei recortando minhas antigas postagens e trazendo pro meu novo espaço.
Abraço. (não apenas pra rimar)
Mi/SC
Esse amor de vagareza lembra meu companheiro.
ResponderExcluirOi.
ResponderExcluirQue bonito! Love... ai ai
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Vc lembrou da macabeia pq eu terei a minha hora de estrela...
:P
Simples, belo e intenso!
ResponderExcluirAdélia e sua tradução incrível para os pequenos-grandes-fatos.
ResponderExcluirGostou muito do teu espaço.
Parabéns por ele!
Talita
História da minha alma