domingo, 16 de maio de 2010

Entenda

Monislawa
Você quer saber quando, eu digo, de modo permanente e peço desculpas pela inexatidão das palavras. Não as minhas, ou as que lhe digo (que palavras pertencem a ninguém), mas na armadilha escondidas em todas elas. Todas elas são traiçoeiras e escondem significados. Matam intensidades fechando em copas sentimentos profundos. Odeio as palavras. Não vivo sem elas.

Sei que peço que as diga, que as repita, mas é culpa do silêncio dos nossos corpos que não conversaram nunca mais.

Você exige saber: quando. E eu urro a plenitude da palavra sempre e você pensa que sou evasiva quando, ao contrário, estou definitiva como um ponto final.

Você metafora dizendo que o sempre e o nunca se encontram na mesma impossibilidade. E então, vencida pela sua razão, me calo.

Claudia Camara

2 comentários:

  1. [...]Matam intensidades fechando em copas sentimentos profundos.

    Tudo muito perfeito, a foto ficou bem encaixada...

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  2. O silêncio de corpos que até mesmo podem trocar fluidos...mas há muito não trocam olhares...

    jÁ SABE O QUE VOU DIZER NÉ..RSRS...!

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