quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Poema

Assim que eu abrir de novo os meus olhos,
meus pensamentos já não serão mais livres,
e minha alma, vencida, errará novamente pelas
estradas abandonadas.
Neste instante, porém, tudo me aproxima de
mim mesmo.
Há uma solidão imensa aqui dentro. Há janelas
abertas recebendo a noite.
Nunca me pertenci tanto como neste momento.
Nunca te pertenci tanto como neste momento.

Emílio Moura

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