sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Moro entre o dia e o sonho.
Onde cochilam crianças, quentes da correria.
Onde velhos para a noite sentam
e lareiras iluminam e aquecem o lugar.
Moro entre o dia e o sonho.
Onde tocam claros sinos vesperais
e meninas, perdidas da confusão,
descansam à boca do poço.
E uma tília é minha árvore querida;
e todos os verões que nela se calam
movem outra vez os mil galhos,
e acordam de novo entre o dia e o sonho.

Rainer Maria Rilke

Um comentário:

  1. Não sei porque mais vejo Rilke como um poeta especial, sempre falando sobre o existencialismo, e a condição humana da sobrevivência do eu"interior".

    Muito bom!

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