quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Escritos extraídos do silêncio (I)

Man Ray, Silhouette of Lee Miller, 1930
Na calada da noite,
esboço um frágil exercício de recolher escritos.

Na calada de mim mesma,
escritos extraídos do silêncio.

Silêncio e mudez.
Fluxo que acontece à minha revelia,
enquanto pastoreio nuvens, deserta de mim,
ausente do concreto.

O chão, impossível sempre.

Ana Cecília de Sousa Bastos

Um comentário:

  1. E sonhar nem sempre é o que resta, mas ás vezes não ter os pés no chão é tão bom...

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