sábado, 20 de dezembro de 2008

So(m)bra

meu corpo
projeta vultos
do que fomos:

projetos incultos,
sobras obscuras,
escombros,
passado morto...

quando te pressinto
tão íntimo,
que dentro;
tão incontido,
que transborda,
me assombro.

também sinto medo
quando percebo sua sombra
batendo à minha porta
e a atendo.

Valéria Tarelho

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