Se te pareço noturna e imperfeita
Olha-me de novo. Porque esta noite
Olhei-me a mim, como se tu me olhasses.
E era como se a água
desejasse.
Escapar de sua casa que é o rio
E deslizando apenas, nem tocar a margem.
Te olhei. E há um tempo.
Entendo que sou terra. Há tanto tempo
Espero
Que o teu corpo de água mais fraterno
Se estenda sobre o meu. Pastor e nauta
Olha-me de novo. Com menos altivez.
E mais atento.
Hilda Hilst, in: Júbilo, Memória, Noviciado da Paixão. Ed. Globo
Olha-me de novo. Porque esta noite
Olhei-me a mim, como se tu me olhasses.
E era como se a água
desejasse.
Escapar de sua casa que é o rio
E deslizando apenas, nem tocar a margem.
Te olhei. E há um tempo.
Entendo que sou terra. Há tanto tempo
Espero
Que o teu corpo de água mais fraterno
Se estenda sobre o meu. Pastor e nauta
Olha-me de novo. Com menos altivez.
E mais atento.
Hilda Hilst, in: Júbilo, Memória, Noviciado da Paixão. Ed. Globo
Lindíssimo seu Blog...um lugar muito agradável de se passar o tempo e ler Poemas divinos...tudo é de muito bom gosto!!
ResponderExcluirParabens!!!
Reggina Moon
Oi, Sem-Nome (vou te chamar Poesia): gostei muito das suas escolhas, a começar pelo lindo verso de Drummond no título, passando por este post da minha querida Hilda Hilst, e mais Leminski e tantos. Quando quiser boa poesia, já sei onde virei, Poesia.
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