Serenade for the Doll
minha querida solidão,
não fomente a vingança,
em tua andrógena ciumeira,
por, em noite tão formosa,
eu vestir-me tão faceira
pra entregar-me, carne e alma,
pro primeiro que passasse.
não se valia desse orgulho,
pra punir minha pungência
nessa hora em que meu pulso
impotente em seu fremido,
já bambeia em teus redores,
colossais, desertos, tíbios
aumentando meus abismos.
me compreenda no silêncio,
me guarneça em tua paisagem,
liquefaça-se em meu ventre,
eu, que tanto já fui água,
e conservo hoje, no peito,
uma dor, assim, tão
solidinha.
Raiça Bomfim
não fomente a vingança,
em tua andrógena ciumeira,
por, em noite tão formosa,
eu vestir-me tão faceira
pra entregar-me, carne e alma,
pro primeiro que passasse.
não se valia desse orgulho,
pra punir minha pungência
nessa hora em que meu pulso
impotente em seu fremido,
já bambeia em teus redores,
colossais, desertos, tíbios
aumentando meus abismos.
me compreenda no silêncio,
me guarneça em tua paisagem,
liquefaça-se em meu ventre,
eu, que tanto já fui água,
e conservo hoje, no peito,
uma dor, assim, tão
solidinha.
Raiça Bomfim
"(...)
ResponderExcluireu, que tanto já fui água,
e conservo hoje, no peito,
uma dor, assim tão
solidinha."
É preciso mais carinho, mais aconchego!
Um beijo,
=)
gosto imensamente da escrita de raissa bomfim - encantei-me faz tempo! besos
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