domingo, 30 de novembro de 2008

Moça

Não estou falando de um mundo cor-de-rosa ou de pessoas perfeitas, sempre prontas para nos acolher, amar, caminhar ao nosso lado. Não falo disso, mas da tristeza nos olhos de quem vira as costas e a gente não vê. A beleza por dentro de um peito encouraçado que a gente não sente. A solidão de quem afasta um amor e se deita em camas tão frias. É do instante quando os olhos se perdem no nada e nenhuma mentira é capaz de enganar si mesmo. É desse instante solitário, desse instante sem abraço, que eu digo. Todo mundo vai virar as costas ou dizer que merece coisa melhor ou debochar das mentiras que eles contaram... mas a gente pode sempre voltar e acolher com amor, ser os primeiros a começar. Afinal, se a hostilidade do mundo despertar a nossa, quem vai ser o primeiro a sorrir?

Rita Apoena

Um comentário:

  1. Estou surpresa!!!

    A cada poema que encontro aqui, vejo um pouco de mim!!!!

    Vejo todas as minhas facetas retratadas em um único lugar, com toda a complexidade e simplicidade que ela possui. Por mais paradoxal que possa parecer... Sim, sou um ser complexo, repleto de sentimentos que se misturam e se confundem, e... que na simplicidade das pequenas coisas e dos pequenos gestos poderiam ser entendidos...


    Beijos...

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