terça-feira, 4 de maio de 2010

Desejo

Não desejo.

Fragmentos e considerações ao redor do que não está escrito. Eu desconheço o roteiro do banal e escrevo clarices e penso que faz sentido roubar lispectors. Ela me pune entregando inteira essas coisas até mim, as coisas desta forma se consignam, são devolvidas a sua falta de sentido e perco meu tom achando um pedaço de você nas ruas. Ele vem embaixo do meu travesseiro para casa e urge fazê-lo dormir. Ele, que se alimenta de si mesmo e anda pelas ruas brincando de rodear a cabeça das pessoas, está um tempo frio ele está tépido, está um tempo quente e ele vem em chuveiros e está mormaço quando ele decide. Ele me inspira uma meta de longo alcance: uma horizontal ou vertical, enlace.

Ele. O desejo.

Mara Coradello

8 comentários:

  1. Jennifer,
    Lindoooo!!
    Incrível descoberta desse texto...ando querendo muito lispectoriar!! mas falta-me inspiração!!

    quanto ao desejo, sempre atrelada...da cabeça aos pés!!

    Não fique brava, mas ainda hei de aprender a admirar o seu amado!! mas realmente não encontro nada de tão fascinante assim...desculpe!!!!

    Nosso café...é verdade, amarradíssimo!!
    Teremos tempo...seja quando e como for!
    Enorme beijo!
    Mell

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  2. belo texto que me deu inspiração para escrever ... ^^

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  3. Desejar é bom, mas melhor é saciar o desejo...

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  4. "desconheço o roteiro do banal e escrevo clarices e penso que faz sentido roubar lispectors"

    Que fofo!!!

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  5. Obrigado por sua visita ao Não leia! Fiquei feliz por saber que você gostou do que escrevo. Também gostei do seu blogue: dos autores escolhidos, dos textos, de tudo. Abraço!

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